Cyberbullying: o perigo está próximo!
Com a facilidade proporcionada pelos smartphones, cerca de 90% das crianças e dos jovens brasileiros de nove a 17 anos, possuem pelo menos um perfil em rede social, segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil.
Crianças e jovens são movidos pela diversão e brincadeiras. Esse comportamento é natural e bastante saudável para o desenvolvimento do indivíduo. Porém, quando a brincadeira ultrapassa os limites, desrespeita, constrange e ofende uma pessoa, estamos diante de uma situação de bullying.
Apelidos, brincadeiras maldosas, perseguição, intolerância a diferenças e exclusão são algumas das ações promovidas em casos de bullying, cada vez mais comuns nas relações entre crianças e jovens. Com o vertiginoso crescimento do acesso à internet e, especialmente, às redes sociais, a prática ganhou uma versão digital, o cyberbullying.
Esse tema vem sendo cada vez mais debatido pelos educadores e pais, porém, muitas vezes, é difícil para os adultos perceberem que o filho está sofrendo agressões, principalmente, nos meios digitais, já que o cyberbullying costuma ser praticado em plataformas de acesso restrito ou mesmo por meio de indiretas que adormentam a vítima.
Por isso, os pais e educadores precisam estar sempre atentos, pois o perigo pode está muito próximo.
A seguir, listamos algumas mudanças de comportamento comuns entre as crianças os e jovens que sofrem com o cyberbullying. Confira!
Oscilações de humor
Uma criança ou jovem que está passando por uma situação de cyberbullying poderá ter o seu humor alterado, demonstrando maior nervosismo, falta de paciência e tristeza. Em casos de cyberbullying, esses comportamentos surgem, em boa parte dos casos, logo após a utilização da internet, quando a vítima presencia novas agressões.
Nesses casos, mesmo que não seja uma prática de cyberbullying, é muito importante que os pais conversem com o filho de forma natural, questionando se ele está bem e se gostaria de compartilhar algo que está causando a oscilação de humor. Manter esse canal de diálogo aberto é extremamente importante para que o filho se sinta seguro para relatar aos pais o que está acontecendo.
Ausência nas Redes Sociais
Se os pais perceberem que o filho excluiu recentemente o perfil em uma das suas redes sociais favoritas, é preciso ficar atento. Muitos jovens que são vítimas de cyberbullying decidem excluir o perfil para não ter mais contato online com os agressores.
Conversar é sempre a melhor opção, já que, às vezes, a criança apenas enjoou da rede social ou quer ter um perfil na plataforma da moda. Pergunte o motivo da exclusão do perfil e perceba como a criança reage. Deixe de lado as broncas ou aquela curiosidade que faz com que o jovem se sinta pressionado. Quanto melhor a relação entre pais e filhos, mais fácil será para identificar se o perigo do cyberbullying está próximo.
Problemas de convivência podem representar situações de cyberbullying
Por fim, um dos sinais mais comuns entre as vítimas de cyberbullying é o afastamento das relações interpessoais nos ambientes online e offline. Ficar muitas horas no quarto, evitar as conversas em família, com os amigos e rejeitar o uso de dispositivos conectados à internet podem ser indícios de ações de cyberbullying.
Essas práticas maldosas infelizmente existem e, por isso, devem ser debatidas, inclusive com os filhos, a fim de conscientizá-los sobre os perigos que o cyberbullying provoca. Para que as novas tecnologias sejam aliadas das crianças e dos jovens, é preciso um acompanhamento contínuo dos pais e dos educadores, na escola e em casa.
Se você já conseguiu identificar uma situação de cyberbullying, denuncie! Na própria rede social onde ocorreu o ataque, tem a opção denunciar. Avise os responsáveis, eles têm o dever de proteger o usuário.
Se você ajudou seu filho a superar esse problema, compartilhe a sua experiência conosco e com outros pais nos comentários!
Escrito por:
Ana Cintia Matos