Tecnologia: como saber o limite do uso?
Não faz muito tempo em que foi postado nas principais redes sociais um vídeo em que um bebê de colo chora histericamente quando tem o seu Ipad retirado de suas mãos. Crianças que nasceram há menos de uma década aprendem a usar os recursos tecnológicos como tablets e celulares antes mesmo de falar, andar ou aprender a escrever. Isso pode trazer alguns benefícios, mas, também, pode acarretar uma série de problemas se não forem estabelecidos limites no uso da tecnologia.
Esse vem sendo um desafio para os pais e educadores do século XXI, conseguir conscientizar os jovens a utilizar a tecnologia a favor do seu desenvolvimento e não para atrapalhar esse processo. No artigo a seguir, vamos mostrar práticas que ajudam a limitar o uso dos recursos tecnológicos, evitando conflitos e proibições. Confira!
Problemas gerados pelo uso excessivo da tecnologia
É importante que nos primeiros anos de vida a criança desenvolva sua capacidade motora, isso é, comece a andar, nadar, praticar e a falar, por exemplo. No entanto, a inserção cada vez mais precoce dos recursos tecnológicos na rotina dos bebês, já levou a casos de crianças que apresentam dificuldades em escrever com caneta e papel ao ingressarem na Educação Infantil, pois elas haviam desenvolvido apenas a habilidade de utilizar os teclados dos tablets e smartphones.
Até mesmo crianças que nascem com a predisposição genética em atividades motoras desenvolvidas, mas que não são estimuladas a aprimorá-las no ambiente adequado, nesse caso fora das telas dos celulares, não terão a garantia de um desenvolvimento motor de qualidade. Esses são casos extremos, porém, é preciso conhecê-los para evitar que o uso desenfreado da tecnologia prejudique a formação do seu filho na primeira infância.
A reconquista dos espaços físicos é defendida no artigo “Desenvolvimento Infantil e a influência da tecnologia”, publicado na Revista Digital EFDeportes, de Buenos Aires. O texto sugere que quando a criança está exposta aos aparelhos tecnológicos, ela deixa de exercer a criatividade, não se socializa e tende a ter dificuldades em se encaixar em grupos no futuro.
Estabelecendo limites em casa e na escola
A Academia Americana de Pediatria (AAP) sugere que crianças não fiquem mais de duas horas por dia online. Essa recomendação é bastante difícil de ser seguida nos dias de hoje, pois os tablets e smartphones ficam a todo o momento ao lado das crianças e dos jovens e monitorar o tempo e a qualidade do uso é um dos grandes desafios dos pais e dos educadores.
Mas, se os adultos se limitarem apenas a dizer para as crianças não utilizarem os recursos tecnológicos, os resultados não serão positivos, ainda mais se os próprios pais e educadores não servirem de modelo.
Imagina a seguinte situação: Na hora da jantar, os pais proíbem o uso do celular, mas eles próprios têm acesso por se tratar de um assunto de urgência no trabalho. Esse comportamento é um convite a transgressão de regras.
O mesmo se aplica aos professores. Na sala de aula, quando não for permitido o uso do celular e o professor está sempre consultando as horas no aparelho ou visualizando mensagens, ele estará quebrando a própria regra e sendo um exemplo negativo para os estudantes.
Uso do celular na sala de aula
Apesar de regras estabelecidas e restringimento do uso da tecnologia em determinados momentos, há ocasiões nas quais os recursos tecnológicos, como o próprio celular, podem ser grandes aliados dos professores, como na criação de grupos de discussão e compartilhamento de materiais. Além disso, com o celular, é possível promover atividades interativas que envolvem entrevistas, apresentações e gravações de projetos em laboratório, por exemplo.
Se você gostou das dicas sobre os limites da tecnologia, não deixe de conferir as próximas postagens do nosso blog!
Escrito por:
Ana Cintia Matos