Contação de histórias como vínculo afetivo: como isso acontece?
O hábito de contar histórias é um dos mais antigos do relacionamento entre seres humanos. Contamos histórias porque gostamos de compartilhar experiências, gostamos de ser ouvidos e, principalmente, gostamos de ouvir o que as outras pessoas têm para nos contar.
Esse hábito também permite que utilizemos a contação de histórias como vínculo afetivo, não apenas entre amigos e colegas, como também na relação entre pais e filhos. Você sabe como esse vínculo se desenvolve com apenas a vontade de criar uma história para seu pequeno ou ler um livro?
A leitura em voz alta estimula o vocabulário
Ler é um hábito milenar, mas por que gostamos de ler para os outros — especialmente os nossos filhos — e em voz alta? Esse é um dos hábitos da contação de histórias como vínculo afetivo que faz a diferença para o desenvolvimento da criança.
Por mais que não pareça, a criança está não apenas ouvindo uma história, mas aprendendo com seus pais muita coisa durante a leitura. Vocabulário, entonação das palavras, interpretação e muitas outras coisas são aprendidas durante um simples momento de leitura entre pais e filhos. E quando aprendemos, o vínculo que criamos com nosso “professor” é muito maior — inclusive o afetivo.
A voz dos pais é a primeira coisa que identificamos quando nascemos
A leitura em voz alta também desperta na criança (e em nós) um sentimento de afeto por outro motivo muito simples: a voz dos pais tem uma força emocional muito grande para a criança.
A voz dos pais é o primeiro som que a criança consegue identificar ao nascer, especialmente se eles tinham o hábito de “conversar com a barriga” durante a gestação. Por isso, ouvi-la pode trazer uma maior sensação de conforto, segurança e prazer. Durante a leitura em voz alta — ou a contação de alguma história ou caso — a criança volta a estimular esse laço afetivo que criou desde o útero com a mãe e o pai.
Contar histórias significa dedicar um tempo do seu dia para seu filho
Existe outro motivo para interpretarmos a contação de histórias como vínculo afetivo: esse é um momento que os pais voltam totalmente sua atenção para as crianças. E existe algo mais afetivo do que dedicar um tempo da sua rotina exclusivamente para alguém? É exatamente assim que as crianças se sentem quando seus pais resolvem ler ou contar histórias para elas: especiais.
Por isso, dedicar um tempo do dia para realizar essa atividade é tão importante, especialmente em tempos em que a rotina profissional tem tomado tanto espaço da vida familiar de muitos adultos.
Ler desde cedo ajuda a tornar a contação de histórias como vínculo afetivo
Apesar de ser importante criar o hábito de ler para seu filho em qualquer momento da sua vida, a contação de histórias como vínculo afetivo realmente só tem força e sentido se ela for desenvolvida desde cedo. Os pais precisam criar a rotina de, diariamente, acostumar seus filhos que existirá um momento só deles no dia, para que possam conversar, criar histórias e compartilhar ideias e sentimentos. Assim, o seu relacionamento se torna mais forte e duradouro.
Como você faz o uso da contação de histórias como vínculo afetivo? Compartilhe conosco suas dificuldades e vitórias nesse processo!
Escrito por:
Ana Cintia Matos