Impor limites x proibir: quais as diferenças e o que fazer?

impor limites
É dever dos pais educar certos comportamentos dos filhos em determinados cenários. Conforme a idade da criança, porém, vão surgindo mais questionamentos a respeito do que ela pode ou não pode fazer.
Por vezes, é comum que haja certo desafio na conduta e os pais acabem por afrouxar o controle sobre a situação. E então, fica mesmo decidir se o correto é impor limites ou proibir que se repita.
Mas quais são as diferenças entre as duas ações? E o que fazer a respeito delas? É sobre isso que vamos falar neste post.

Proibir pode prejudicar o desenvolvimento da criança?

Proibir que as crianças façam alguma coisa faz se sentirem desafiadas e tentarem contra o que foi proibido. Os medos e apreensões de seus pais podem passar a ser delas também, e elas começam a apresentar dificuldades para se integrar ao mundo em que vivem.
É claro que situações perigosas e de risco à vida precisam de intervenção metódica e precisa. Mas certas reações a acontecimentos diários fazem parte do desenvolvimento da criança e ela deve participar dele de forma efetiva, até mesmo para se conhecer melhor.
Portanto, é fundamental que os adultos exerçam o dom da paciência e foquem unicamente em impor limites. Assim, os filhos entenderão mais facilmente o que podem fazer, como podem fazer e quando essas determinações apresentarão alguma mudança.
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Impor limites sem proibir: como é possível?

Nada melhor do que o diálogo para impor limites sem usar a proibição como ferramenta. É necessário conversar bastante com a criança para que ela entenda os reais motivos de não poder fazer algo e como é importante respeitar a determinação naquele momento.
Por exemplo, se seu filho quiser assistir a um filme impróprio para sua faixa etária, ele precisa entender por que existe essa classificação. Mostre que, naquele momento, ele ainda não deve ter acesso àquele conteúdo, mas que isso não é uma regra eterna. Ele vai crescer, adquirir maturidade e ter muita naturalidade para aquela atividade no futuro, que pode nem estar tão longe assim.
Procure sempre ter alternativas às suas vontades. Se algo ainda não é apropriado, ofereça outras possibilidades e reitere que elas são suficientes para a circunstância em que ele se encontra. Caso você decida abrir mão em definitivo e dar a permissão para o que ele tanto quer, não deixe de supervisionar e oferecer respaldo sempre que possível.

O que não deve ser proibido?

Existem algumas ações que não devem ser proibidas pelos pais. Dependendo do local em que a criança está, correr, pular e gritar são algumas delas. Por mais que pareçam incômodas, essas são formas de expressão de emoções. Portanto, imponha normas para elas e determine locais e ocasiões para que sejam realizadas com mais liberdade.
Na medida em que crescem, as crianças também passam a ter pensamentos e desejos próprios. E eles precisam ser respeitados, não podem ser censurados. Não reprima o que elas têm a dizer, mas eduque-as para que saibam como e quando falar para que sejam sempre ouvidas e levadas em consideração.
Por fim, não impeça que elas sejam autônomas. Deixe que comam sozinhas, amarrem o próprio cadarço e façam a própria cama. Essa é uma forma de incentivar capacidades e fazer com que elas se sintam úteis em seu espaço.
Como você faz para impor limites sem proibir? Tem alguma dificuldade no processo? Qual é a reação de seus filhos diante de suas determinações? Conte sua experiência nos comentários e participe!

Escrito por:
Ana Cintia Matos


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