Qual é o papel dos pais e da escola na educação nutricional da criança?
Ao mesmo tempo em que há uma constante preocupação a respeito da obesidade infantil, é comum ouvir reclamações da família quando os filhos se recusam a comer. Esses dois pontos em total desequilíbrio merecem atenção, mas cuidar de ambos também é motivo para muitas dúvidas.
Como promover uma alimentação saudável em uma fase tão delicada como a infância? O desafio não é fácil, mas pode ser vencido. E é nesse momento que os pais e a escola entram em cena para exercer papéis importantes na chamada educação nutricional da criança.
Quer saber como ela pode ser desenvolvida? Então acompanhe as informações deste artigo para descobrir.
Como os hábitos alimentares se desenvolvem?
Os hábitos alimentares da criança se desenvolvem conforme o que acontece dentro de casa. Se os familiares não têm costume de comer frutas e verduras, por exemplo, dificilmente o pequeno terá interesse por esses tipos de alimentos.
O mesmo vale para quando ele ouvir alguém reclamar sobre o sabor de uma comida específica. Sem antes experimentar, é provável que certa indisposição se forme para qualquer outra opção disponível e similar àquela que foi criticada.
Na medida em que cresce, a criança é matriculada na escola. Lá, ela passa a fazer parte de uma nova realidade. A partir disso, começa a apresentar mudanças no comportamento alimentar, já que passa a ver e interagir com colegas que levam ou consomem lanches diferentes do que ela está acostumada. E é aqui que a sua educação nutricional tem início.
O que a escola pode fazer para contribuir com a educação nutricional da criança?
A escola tem como função fomentar a educação nutricional da criança. Afinal, é lá que ela passa a maior parte de seu dia e onde buscará referências nos mais variados âmbitos da vida.
Os pais podem trocar ideias com os profissionais da escola acerca de como promover em casa um cardápio balanceado e mais variado. Em período de crescimento, as necessidades nutricionais dos alunos são grandes, e é preciso disponibilizar refeições bem montadas de acordo com esses índices.
Mas, para que os pequenos realmente entendam o motivo e a importância de comer bem, há mais providências a serem tomadas. Uma ótima ideia que a escola pode abraçar é a elaboração de projetos de educação nutricional, sob a coordenação de um bom profissional de nutrição. Uma equipe de nutricionistas pode atuar em sala de aula contando histórias, propondo jogos e outras atividades lúdicas, de maneira a desenvolver hábitos alimentares saudáveis e que permanecerão para toda a vida. Sobretudo, se forem atividades feitas com as crianças de tenra idade, desde os primeiros anos na escola.
E os pais, como devem proceder?
O processo educativo escolar não anula a responsabilidade dos pais na educação nutricional da criança. Se não há oportunidade de adquirir o lanche oferecido pela escola, eles precisam montar uma lancheira saudável e com condições adequadas de armazenamento dos alimentos. É importante não errar na escolha dos alimentos e evitar industrializados e opções frequentemente repetidas.
Em uma incrível parceria com os pais, um colégio de qualidade e bastante preocupado com essa questão pode oferecer um lanche coletivo, que estaria dentro do projeto de educação nutricional sob a coordenação de profissionais capacitados. A cada mês pode ser elaborado um cardápio a ser servido e seguido pelos pais.
Vale dizer ainda que os pais também devem se preocupar em dar exemplo diário para os filhos. A criança observa, aprende e imita as ações que vê em casa, e isso vale também para a hora das refeições. Portanto, é essencial definir horários, variar pratos e estimular o hábito de uma boa alimentação.
Por fim, as crianças também podem participar do preparo da comida, desde que com supervisão. Elas podem começar no acompanhamento dos procedimentos: quando se sentirem seguros, começarão a ajudar no que puderem e a conhecer melhor texturas, sabores e funcionalidades de cada ingrediente.
E você, sabe de outras maneiras para participar da educação nutricional da criança? Como a escola do seu filho se manifesta diante dessa questão? Deixe um comentário abaixo e conte sua experiência!
Escrito por:
Ana Cintia Matos