Qual a idade certa para deixar seu filho sair sozinho?
A partir da pré-adolescência, é comum que os pais escutem pedidos de seus filhos para irem sozinhos para a escola ou darem uma volta no shopping com colegas. Mas em um país onde a falta de segurança é recorrente, a resposta dada é “não”.
A idade é outro fator que interfere bastante nessa decisão: por serem considerados muito jovens, crianças e adolescentes ouvem a negativa. Porém, é impossível manter essa palavra de forma definitiva. A independência faz parte do crescimento e precisa acontecer para agregar mais conhecimento e experiência de vida. É necessário ser flexível.
Quer uma ajuda para definir a idade certa para deixar seu filho sair sozinho? Preparamos este artigo que poderá ser incrível para você. Confira!
É fundamental aceitar que a idade certa chegou
Não existe nenhuma determinação a respeito da idade correta, em números, para deixar seu filho sair de casa. Ela varia de criação para criação e é definida por três fatores: o momento em que ele começa a pedir e, sua autonomia para realizar atividades e a maturidade mostrada durante seu desenvolvimento. Cada jovem tem seu momento e quando o responsável percebe um interesse maior em sair sozinho, deve se preparar para apoiar e orientar sobre o momento.
A insegurança dos pais impede muitas vezes que esse momento seja reconhecido. Por isso, é importante que ambas as partes se entendam e aprendam a ceder um pouco: os filhos, ao compreender e obedecer às recomendações dos pais, e os pais, ao aceitarem que a idade certa finalmente chegou. Quando há essa parceria, fica muito mais fácil definir limites e estabelecer regras, que podem se moldar ao longo do tempo de acordo com o comportamento do pré-adolescente.
Oferecer alternativas para deixar seu filho sair sozinho é importante
Para que você se acostume a deixar seu filho sair sozinho e para que ele entenda como aproveitar essa liberdade, é interessante oferecer algumas alternativas. Por exemplo, nas primeiras vezes, combine que um adulto fará uma supervisão à distância. Depois de algum tempo, substitua essa proposta por deixá-lo passar determinados períodos fora: quarenta minutos, uma hora de início, e, aos poucos, aumente o prazo.
Pergunte sempre aonde ele vai e com quem estará. Ter o número de seus acompanhantes no celular pode fornecer uma sensação de segurança maior. Procure também orientar seu filho a respeito de alguns pontos, como o comportamento diante de assédios, assaltos ou situações mais sérias. Quando ele retornar dos passeios, não deixe de perguntar como foi e o quanto ele se divertiu, para mostrar que você confia nele e se interessa por sua vida.
Seja um exemplo e tenha paciência
Além do diálogo, outra iniciativa para ajudar nesse momento é dar exemplos para seus filhos. Por exemplo, ao chegar ao trabalho ou em casa, envie uma mensagem para o jovem e comunique, de forma descontraída e natural. Assim, ele verá o quanto é importante ter atitudes empáticas e respeitosas e passará a contribuir ainda mais para que essa transição não seja guiada pela ansiedade e pela frustração.
Por fim, lembre-se de ter paciência. Com certeza você também passou por esse momento e seus pais tiveram que tomar as mesmas providências. Ainda que os tempos tenham mudado muito, é fundamental se adaptar, sem deixar de supervisionar locais frequentados e as companhias do seu filho.
E você, sente-se pronto para deixar seu filho sair sozinho? Ele já faz isso há algum tempo? Deixe um comentário logo abaixo e contribua com sua experiência para ajudar outros pais nesse momento!
Escrito por:
Ana Cintia Matos