Criatividade e protagonismo na educação do século XXI

Alinhado com as exigências do mundo contemporâneo, Colégio CBV incluiu em sua
grade disciplinas eletivas inovadoras e programas com foco em ciência e tecnologia

 

Muito tem se falado sobre a educação do século XXI, que traz em seu escopo uma
quebra de paradigmas, apontando a necessidade de adaptação e construção de um
currículo mais adaptável à prática do que à teoria, assim como o desenvolvimento
de competências e habilidades que preparem o aluno para o mundo e o coloquem
como protagonista na resolução dos problemas cada vez mais complexos
apresentados pelo mundo contemporâneo. No entanto, essa reflexão impõe às
escolas, cada vez mais, o desafio de repensarem seus projetos pedagógicos de
maneira a abarcar outras frentes na formação do indivíduo.

“A grande mudança se dá na contextualização do que se aprende nas disciplinas
tradicionais com questões práticas que vivemos na sociedade. O aluno, agora,
precisa ser estimulado a colocar a mão na massa. Ele deve experimentar,
descobrir, desenvolver o protagonismo, a criatividade e a autonomia para resolver
seus problemas e os do seu entorno”, explica Jaime Cavalcanti, doutorando em
Educação Tecnológica e supervisor do Ensino Fundamental e Médio no Colégio CBV.

Nesse contexto, muitas escolas têm investido em programas com foco em
criatividade, inovação e desenvolvimento de visão de mundo, para além da grade
curricular tradicional. É o caso do CBV, que introduziu neste ano letivo, em suas
duas unidades – Boa Viagem e Jaqueira – o Ecossistema de Aprendizagem Inovador
(EAI), criado pela Eleva Educação. Com quatro frentes, o EAI visa colocar o aluno
como protagonista do seu aprendizado, deixando para trás a visão ultrapassada de
que apenas o professor é detentor de todo o conhecimento.

“Estamos vivendo na sociedade da informação, onde todo mundo detém
conhecimento e pode contribuir para uma discussão ou resolução de um problema,
inclusive um jovem estudante”, completa Jaime. Neste sentido, uma das quatro
frentes do EAI traz para a grade curricular disciplinas eletivas com foco em
inovação e que têm como objetivo central colocar o aluno no lugar da reflexão e da
prática, estimulando habilidades como senso crítico, curiosidade, criatividade,
raciocínio lógico, entre outras.

“Desvendando Fake News”, “Como fabricar cosméticos naturais”, “Matemática
Financeira” e “Educação Ambiental” são algumas das disciplinas eletivas que estão
no “cardápio” oferecido pelo EAI para estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental
ao 2º ano do Ensino Médio. Segundo Jaime, os alunos podem escolher uma
disciplina por semestre e as aulas acontecem no ambiente virtual. “Eles participam
das aulas junto com outros jovens de escolas parceiras da Eleva de todo o país e,
ao final do semestre, desenvolvem um projeto colaborativo”, explica.

Também dentro do programa EAI, estão sendo oferecidas no CBV as disciplinas de
aprofundamento, voltadas para alunos estudantes que têm uma maior identificação
em matérias como Matemática, Ciências e Linguagem e desejam se aprofundar,
visando a participação em Olimpíadas.

“Dentro do EAI temos ainda as aulas de Projeto, com dois tempos semanais dentro
da grade curricular. São levadas para a sala de aula situações-problema
interdisciplinares, sobre as quais os estudantes precisam refletir e discutir juntos
para chegar a soluções. Assim, precisam pensar criticamente sobre conhecimentos
teóricos, trocar experiências e adotar posturas lógicas e criativas”, aponta Jaime.

Para consolidar, o EAI propõe também as Avaliações Formativas Contínuas. Como
explica o supervisor, serão avaliações periódicas, realizadas a cada 15 dias a partir
de abril. Os testes não geram notas, mas apontam os pontos fortes e fracos do
estudante, para que ele reconheça suas potencialidades e identifique suas
fraquezas para poder trabalhá-las.

Pequenos cientistas – Ciência e tecnologia não é só para gente grande. Foi com
esse pensamento que o CBV incluiu neste ano, na grade curricular das turmas do
Ensino Fundamental – Anos Iniciais, o TEC (Tecnologia e Experiências Criativas),
programa que trabalha a curiosidade e o desenvolvimento da criança através de
experiências que envolvem robótica, eletrônica e biotecnologia.

“Essencialmente, o TEC é um espaço maker dentro de uma caixa, seguindo a
proposta da Aprendizagem Baseada em Projetos. A partir do programa, as crianças
são estimuladas a usarem a criatividade e a trabalharem em conjunto para resolver
problemas”, explica Luciana Hodges, doutora em Psicologia Cognitiva e supervisora
pedagógica do colégio.

Pioneiro em Pernambuco, o TEC tem encantado as crianças, principalmente por
propor uma forma diferente e divertida de aprendizado. “Os alunos entendem que
não dependem de recursos inalcançáveis para se tornarem cientistas e que podem
materializar todas as suas ideias de forma lúdica. Eles passam de usuários da
tecnologia para criadores, e isso é mágico para eles”, finaliza.

Escrito por:
Giselee Flores


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